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04 07 SBCAT Regional 2 quem somos Victória Gonçalves NoticiaDesde o ensino médio, sempre fui fascinada pelas reações químicas, o que me motivou a ingressar no curso de Engenharia Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2010. Durante a graduação, a disciplina de Cinética Química rapidamente se destacou como uma das minhas favoritas, despertando ainda mais meu interesse pela área das reações químicas.

Meu primeiro contato com o universo da catálise ocorreu ainda durante a graduação, durante minha primeira iniciação científica no laboratório de Fotoquímica do Instituto de Química da UFRJ, atuando na área de fotocatálise. Essa experiência foi decisiva para despertar meu entusiasmo pela pesquisa científica. Mais adiante, já na reta final do curso, cursei a disciplina de Catálise Heterogênea, ministrada pelo professor Fabio Toniolo, cuja abordagem me encantou e me levou a procurá-lo futuramente como orientador para o mestrado. 

Concluí a graduação em 2015, com ênfase em Petróleo e Gás Natural – Refino e Processamento, através do Programa de Recursos Humanos da ANP e Petrobras (PRH13). Em 2016, motivada pela excelência acadêmica e pelo reconhecimento do programa de pós-graduação, iniciei o mestrado no Programa de Engenharia Química da COPPE/UFRJ. Àquela altura, já estava convicta da área de pesquisa que queria seguir: a catálise heterogênea. Iniciei então minha pesquisa no Núcleo de Catálise (NUCAT) orientada pelo prof. Fabio Toniolo, desenvolvendo uma dissertação focada na conversão de etanol em produtos de maior valor agregado, utilizando catalisadores baseados em óxidos de nióbio e zircônio modificados. O trabalho contou com a coorientação da pesquisadora Clarissa Perdomo, do Instituto Nacional de Tecnologia (INT). 

Dando continuidade à trajetória acadêmica, ingressei no doutorado no mesmo programa e aceitei o desafio proposto pela Clarissa: trabalhar com catalisadores monolíticos. Desenvolvi então uma tese sobre a síntese de catalisadores de níquel suportados em monolitos cerâmicos para aplicação na reforma a vapor do metano, realizando parte dos experimentos no INT. Essa experiência construiu meu conhecimento na preparação e caracterização de catalisadores monolíticos. 

Durante o doutorado, tive ainda a oportunidade de realizar um estágio sanduíche no Instituto de Catálisis y Petroleoquímica (ICP-CSIC), em Madrid, Espanha, onde aprofundei meus conhecimentos em técnicas avançadas de caracterização, como a espectroscopia Raman operando, aplicada a estudos sob condições reacionais.

Atualmente, continuo atuando na área de catálise heterogênea como pesquisadora de pós-doutorado, desenvolvendo projetos focados na conversão de CO₂, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de tecnologias mais sustentáveis e eficientes voltadas à valorização de fontes renováveis de carbono.

]E assim se completam quase 15 anos de trajetória na UFRJ — como uma boa carioca que não quer abandonar o Rio — e quase 9 anos de dedicação ao NUCAT, onde tive o privilégio de construir minha formação acadêmica e científica pelo convívio com excelentes pesquisadores e amigos.

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