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Meu encantamento pela Química começou no Ensino Médio Técnico em Telecomunicações, quando percebi minha facilidade em resolver questões de Física, Química e Matemática. Em 2006, entrei no curso de Química da UFF sem saber ao certo o que esperar da vida universitária, mas já com o desejo de me tornar pesquisadora despertando.

Minha formação foi marcada por experiências diversas. Durante a graduação, estagiei com o professor Rodrigo Bagueira de Azeredo, em uma pesquisa sobre a análise de chocolates por espectroscopia no infravermelho próximo — meu primeiro contato com pesquisa aplicada. Também participei do PIBID, desenvolvendo atividades para tornar o ensino de Química mais interessante e acessível.

Após concluir a licenciatura, permaneci na UFF para cursar o bacharelado, enquanto iniciava o mestrado em Engenharia Química na UERJ (2011), sob a orientação da professora Cristiane Assumpção Henriques. Foi ela quem me apresentou à Catálise — área que me encantou pela combinação entre fundamentos químicos e técnicas instrumentais voltadas a soluções sustentáveis.

Durante o mestrado, fui aprovada no concurso para docente da rede estadual (2012) e passei a lecionar Química no Ensino Médio, conciliando docência e pesquisa até obter o título de Mestre, em 2014. A pesquisa teve como foco o estudo de catalisadores de óxido de vanádio para a remoção de enxofre do dibenzotiofeno.

Meu interesse pela pesquisa me levou ao doutorado em 2016, novamente sob orientação da Cristiane. Nesse período, fui apresentada e orientada pelo saudoso professor Victor Teixeira da Silva, cuja paixão pela ciência era inspiradora, e também pela pesquisadora Priscilla Magalhães de Souza, que passou a orientar meu trabalho. Trabalhar com ela foi uma experiência extremamente enriquecedora.

Durante o doutorado, atuei em diferentes laboratórios, como o Nucat, LCPMA e Lacat. No Nucat, onde realizei a maior parte dos experimentos, conheci profissionais incríveis, como a pesquisadora Maria Auxiliadora Scaramelo Baldanza (a Dora) e o técnico Antônio José de Almeida (o Macarrão), que sempre tornavam o ambiente de pesquisa ainda mais motivador.

Entre 2018 e 2019, realizei parte do doutorado no IRCELYON, na França, com o pesquisador Gilles Berhault, por meio do PDSE. Essa vivência internacional ampliou minha visão científica e me motivou a aprender francês.

Defendi minha tese em 2023, focada no desenvolvimento de catalisadores de óxidos de molibdênio para a remoção de oxigênio de compostos derivados da biomassa. Em 2024, fui aprovada como Pesquisadora Adjunta I no Instituto Nacional de Tecnologia (INT), na área de Catálise, consolidando meu caminho na pesquisa.

A Catálise, que entrou na minha vida forma despretensiosa, tornou-se o motor da minha trajetória. Ela guia minha atuação científica, sempre em sintonia com meu compromisso com a educação e com a construção de um futuro mais justo e sustentável.

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